sábado, 7 de fevereiro de 2009

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Se eu dissesse quem sou, sem mais, quem lê isto (já sou visitado, mas creio que é por engano; isto dos blogues e dos endereços é pior que os antigos telefones onde uma em cada 5 vezes se discava o número errado) ficava exactamente na mesma em relação ao que acha do que por aqui vai sendo posto a público.

Mas se eu leiloasse a minha identidade? E se, de repente, colocasse a minha identidade num leilão? Atrairia mais leitores? Seria invejado o fulano que possuísse tamanha inutilidade? Lembro-me disto por causa da miúda cuja virgindade está cotada em USD$3 milhões e qualquer coisa. Diz o jornalista do Público:

(...) tudo o que deseja é encontrar um parceiro que a aceite tal como é. Já vimos isto em qualquer lado, sim, mas nem sempre o príncipe das histórias aparece montado num cheque de três milhões.
(Há aqui um lapso de linguagem interessante: o príncipe terá que desmontar do cheque para poder fruir do bem que arrematou.)

Um hímen e o meu blog. Como raio se chega a esta ignóbil comparação? "Mas para que é que alguém quer um blog se não diz qual é?", questionava-se uma amiga, há bocado, entre um bolo de chocolate e um golo de chá. Bom, pergunto eu, para que raio alguém quer romper um hímen? Parece-me uma pergunta legítima. Se calhar a resposta é a mesma que já se usa para justificar as maiores barbaridades: porque pode. E é a verdade.